quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Dança para crianças - Parte 1

Iniciaremos uma série de orientações voltados a ministérios de dança infantis. Expomos o artigo abaixo, como introdutório. Sabemos da potencialidade de cada criança, mais é preciso ter cuidado e atenção, respeitando cada faixa etária. Boa leitura!


Divulgação: Ministério Instrumentos de Cristo - Mafra - SC


Dança - Uma tarefa delicada







Escrever sobre dança para crianças, uma tarefa agradável, porém delicada.
Como estabelecer parâmetros coerentes de certo e errado para o corpo de uma criança? Que técnica é a mais adequada para iniciar uma criança na dança?
Foi com essas perguntas que busquei respostas para essas questões fundamentais no que se refere: “dar aula de dança para criança”

Primeiro: devemos entender o óbvio, o corpo de uma criança não é o de um adulto. Isso significa que a grande maioria de exercícios realizados por um adulto não deve acontecer numa aula de criança.As técnicas que possuem um código de movimentos definido (Clássico, Moderno, Jazz etc. ), nem sempre permitem que a criança possa explorar sua movimentação de uma forma criativa e organizada.

Essas técnicas, por exemplo, tem a imitação e a repetição como estratégia de aprendizado. Para tudo tem seu momento. Repetir a movimentação de um professor durante a aula inteira tem uma função de apurar o movimento. Já com uma criança com menos de oito anos existe uma realidade neurológica, ela ainda não está preparada para repetir e compreender essa ação, criando assim uma disciplina imposta e não construída.

Imagine uma criança escrevendo um texto complexo, na verdade ela não vai escrever e sim copiar e a cópia melhora  sua letra, mas não a compreensão de um texto que no caso da dança nos referimos ao corpo-movimento- expressividade e conseqüentemente a consciência  corporal.

 Por isso a importância fundamental de conhecer a anatomia do corpo da criança e seu desenvolvimento. Um professor de dança para crianças tem a obrigação de saber essa matéria senão deformações futuras podem ocorrer.

Quanto a técnica devemos saber como profissionais, que existem métodos  importantes que podem nos alimentar sobre a função do movimento e a estrutura do corpo, criando uma dinâmica onde essa interação nos possibilita criar nossas aulas com exercícios adequados para determinadas faixas etárias. E a coisa mais importante é claro: respeitar seu aluno, respeitar suas possibilidades  para que ele, não seja a nossa cópia e sim dono de seu próprio corpo-movimento.

Uxa Xavier é coordenadora do Nadança, projeto de dança para crianças e adolescentes. É pesquisadora e ministra curso de dança para crianças.
Contato: uxaxavier@uol.com.br
Fonte: Portal Cultura Infância

1 comentários:

Leoni disse...

Ótima matéria, este blog está muito interessante e vai nos ajudar muito...
Parabéns